O Clube Viação Clássica é uma associação sem fins lucrativos fundada em 2014 por um grupo de amigos e entusiastas com um gosto e objectivo em comum: poder preservar parte da memória do transporte colectivo rodoviário em Portugal, por meio de um museu vivo aberto a todos os interessados.
A atividade do Clube divide-se em duas partes essenciais que são complementares: A aquisição de viaturas clássicas e a utilização das mesmas em passeios e atividades abertas a todos, de forma a poder oferecer uma experiência diferente aos participantes.
Sendo geralmente reservada apenas a associados, a recuperação e preservação de autocarros é o maior e mais dispendioso desafio do clube dado a complexidade do processo e a dificuldade associada muitas vezes à idade (falta de peças novas de substituição, por exemplo) e estado de conservação dos veículos adquiridos, muitas vezes após passarem anos ao abandono ou sem manutenção.
Tão importantes como a preservação, as atividades desenvolvidas em redor do tema com viaturas próprias ou propriedade de terceiros, permitem manter a memória do transporte viva e proporcionar um verdadeiro regresso ao passado. Desde os eventos de condução onde associados podem experimentar conduzir autênticos veículos de museu, a eventos de âmbito cultural com visita a exposições e locais de interesse: mais do que um clube e mera associação, ambicionamos ser um autêntico “Museu Vivo”.
Atualmente, o Clube conta com quatro viaturas restauradas e totalmente operacionais. Entre elas destacam-se o emblemático Volvo “Laranjinha”, adquirido a uma autarquia, assim como o Leyland Atlantean, o emblemático autocarro de dois pisos que circulou nas ruas do Porto ao serviço da STCP. Integram ainda a frota a Toyota Dyna com carroçaria Salvador Caetano, o típico mini autocarro de colégio dos anos 80, bem como um Mercedes-Benz O305, cedido pela Auto Viação Pacense.
Além destes veículos restaurados, fazem também parte da coleção um Volvo B10M-55 com carroçaria UTIC, gentilmente cedido pela transportadora madeirense Horários do Funchal, e um Volvo B59 com carroçaria Salvador Caetano, que operou na Carris. O clube é ainda proprietário de uma UTIC-AEC de 1967, atualmente em processo de restauro, viatura cedida pela Escola de Condução Neuropa, em Lisboa, como reconhecimento pela nossa dedicação e trabalho
Todo o processo de preparação e manutenção de frota é financiado por quotas de associados, receitas de eventos, e donativos de particulares e empresas que reconhecem a importância do nosso esforço.
Porque preservar um autocarro é preservar a memória de uma comunidade inteira: Bem-vindo a bordo!